A República das Oligarquias

República Oligárquica (1894 – 1930):
• OLIGARQUIA = Governo de poucos.
• Período em que o Brasil foi controlado por cafeicultores da região sudeste,
especialmente de SP e MG. No âmbito regional, outras oligarquias ligadas ao setor
rural estavam no poder.

Estrutura Política:
• Poder Local: Coronelismo – poder local dos latifundiários.
Usavam seu prestígio pessoal para arregimentar votos em troca dos quais obtinham financiamentos do governo ou obras infra-estruturais como barganha política. Quanto maior
o “curral eleitoral” (número de eleitores que o coronel podia controlar) do coronel, maior o seu poder.
• Poder Federal: Política do Café-com-Leite
– Oligarquias de SP e MG (as duas mais poderosas do país)
alternavam-se na presidência da República.
– Oligarquias menos expressivas apoiavam o acordo em troca de cargos ou ministérios, como por exemplo o RS, BA, RJ, entre outros.

EXCEÇÕES:
– 1910 – 1914:
Hermes da Fonseca (MG + RS) – “Política das Salvações”*
X
Rui Barbosa (SP) – “Campanha Civilista”

O Marechal Hermes da Fonseca foi então eleito para governar de 1910 a 1914. O resultado foi quatro anos de guerra civil nos estados que ficou conhecida como”Política das Salvações”, onde se tentava, com o apoio do governo federal, a derrubada de todos os presidentes dos estados que não apoiaram a eleição de Hermes da Fonseca.

– 1922 – 1926:
Arthur Bernardes (SP + MG)*
X
Nilo Peçanha (RJ + BA + RS + PE) – “Reação Republicana”
• Política dos Governadores: acordo firmado entre o presidente (a partir do governo de Campos Sales 1898 – 1902) e os governadores estaduais que previa o apoio mútuo e a não interferência de ambos em seus governos. Assim, o presidente conseguia os votos dos estados para a continuidade de seus projetos e em troca,não interferia em disputas de poder local das oligarquias.

• Fraudes eleitorais ou manipulação de resultados:
– Clientelismo – voto em troca de pequenos favores ou “presentes”.
– Voto de Cabresto – voto a partir de intimidações pessoais.
– Manipulação de dados com votos repetidos e/ou “criação” de eleitores fantasmas.
– “Degola” política em caso de vitória de opositores:
não reconhecimento e titulação da vitória por parte da Comissão Verificadora de Poderes.
Estrutura Econômica:
• Café: principal produto (agroexportação).
• Funding Loan (1898):
– Renegociação da dívida brasileira.
– Novo empréstimo.
– Suspensão de juros por 3 anos.
– 13 anos para início do pagamento e 63 anos para a quitação integral.
– Garantias: receitas da alfândega do RJ e demais se necessário, receitas da Estrada de Ferro Central do Brasil e do serviço de abastecimento de água do RJ.
– Compromisso de retirada do meio circulante e queima de moeda,
visando a valorização monetária.
Convênio de Taubaté (1906):
– Plano de valorização artificial do café;
– Governo comprava os excedentes de café e estocava.
– Diminuindo a oferta do produto, seu preço mantinha-seestável.
– O governo contraía empréstimos para comprar esse excedente.
– Cobrava-se impostos para equilibrar as contas do governo e honrar compromissos.
– O país se endividava e ampliava sua dependência com o exterior.
– O governo almejava vender o estoque de café quando a procura aumentasse, no entanto, isso nunca ocorria, então o café estragava e o governo amargava prejuízos.
– O bolso dos cafeicultores estava salvo.

Borracha:
– Importante entre 1890 e 1910 (aproximadamente).
– Utilizada na fabricação de pneus (expansão da indústria automotiva).
– Extraída na região Norte (PA e AM).
– Decadência associada a produção inglesa em suas colônias asiáticas.
• Cacau: Importante durante a primeira guerra mundial (1914– 1918).
• Demais produtos: açúcar, couro, algodão e mate. Todos agrícolas ou do setor primário, destinados basicamente a exportação. Nenhum deles com números expressivos.
Indústria:
– Impulsionada pela I Guerra Mundial (1914 – 1918).
– Substituição de importações (dificuldade de importar dos países em guerra).
– Capitais acumulados decorrentes do café.
– Basicamente na região Sudeste
– Entrada de um grande número de imigrantes (disponibilidade de mão-de-obra).
– Impulso aos centros urbanos.
– Bens de consumo não duráveis.
A Política Externa durante a República Velha:
• Barão do Rio Branco – principal responsável
pela política externa brasileira no período.
• A questão de Palmas (1893 – 1895):
– Disputa de BRA e ARG pela antiga região missioneira, no atual estado de Santa
Catarina.
– BRA tem ganho de causa com aval dos EUA.

• Questão do Amapá (1900):
– BRA e FRA disputavam a Região fronteiriça entre o estado do Amapá e a Guiana Francesa.
– BRA tem ganho de causa com arbítrio da Suíça e incorpora definitivamente
toda a região a leste do Rio Oiapoque.

Anexação do Acre (1903):
– Interesse na extração do látex.
– Atritos entre seringueiros brasileiros e bolivianos.
– BRA compra a região da Bolívia pelo valor de 10 milhões de dólares (Tratado de Petrópolis).
– Bolívia recebe em troca do território área que lhe dava acesso ao Rio Madeira, e, portanto ao Oceano

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