O ministro do TSE afirmou nesta segunda (16/11), que o ataque hacker à instituição durante as eleições pode ter motivações políticas e solicitou investigação à PF.
“São milícias digitais e grupos extremistas, inclusive já investigados pelo Supremo Tribunal Federal, que entraram em ação. Já pedi a instauração, pela Polícia Federal, de uma investigação sobre o assunto”, afirmou.
Além da tentativa de derrubar o sistema do TSE, Barroso também pediu apuração da invasão hacker que obteve dados de ex-ministros e funcionários do tribunal.
Segundo o ministro, os dados revelados se referiam a funcionários e ex-ministros no período de 2001 a 2010, e o acesso ocorreu em data anterior à eleição, ainda não precisada pelas investigações.
“A divulgação foi feita no dia das eleições para causar um impacto e trazer a impressão de fragilidade no sistema”, disse Barroso.
Para o presidente do TSE, há suspeitas do envolvimento de “grupos extremistas” e “milícias digitais” que podem ter avançado sobre a Justiça Eleitoral com o objetivo de causar desconfiança sobre o sistema eleitoral.
“Assim que foram vazados, milícias digitais entraram imediatamente em ação tentando desacreditar o sistema, há suspeitas de articulação de grupos extremistas que se empenham em desacreditar as instituições, clamam pela volta da ditadura e muitos deles são investigados pelo Supremo Tribunal Federal”, disse Barroso.
Há no STF (Supremo Tribunal Federal) um inquérito que investiga o financiamento de grupos organizados para promover atos contra as instituições democráticas. A investigação está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
O próprio presidente Jair Bolsonaro é contra as urnas digitais e já chegou a afirmar que as eleições que o elegeram foram fraudadas.
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