Fake News sobre imunização tem colocado nossas crianças em risco diz especialista

Fiocruz promove hoje (08), campanha de vacinação contra sarampo e paralisia infantil. Além da vacinação há diversas atividades educativas promovidas pela instituição (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Fake News sobre imunização tem colocado nossas crianças em risco, diz especialista ——-

 

O International Symposium on Immunobiologicals (ISI) iniciou hoje a sua sétima edição e o principal tema discutido foi o risco de retorno da poliomielite ao Brasil, uma doença que foi erradicada no país desde 1989.

A baixa cobertura vacinal é apontada como a principal preocupação com a doença. O evento é promovido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Bio-Manguinhos/Fiocruz, no Rio de Janeiro. Luiza Helena Falleiros, presidente da Câmara Técnica de Poliomielite do Ministério da Saúde, afirmou que o risco de retorno da doença é evidente e citou diversos fatores que contribuem para isso, incluindo a imigração constante, baixas coberturas vacinais, grupos antivacinas e falta de vigilância ambiental.

A pesquisadora também lembrou que a vacinação é a única forma de prevenção e que é importante manter a cobertura vacinal.

O Brasil é o segundo país das Américas com maior risco de retorno da poliomielite, segundo um estudo da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

 

De acordo com o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal para a poliomielite no Brasil no ano passado foi de apenas 77,16%, muito abaixo da taxa de 95% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar a circulação do vírus.

Durante o simpósio de hoje, foram discutidos os motivos para essa baixa cobertura, incluindo a hesitação vacinal. José Cassio de Morais, assessor temporário da Opas, destacou que a confiança nas vacinas distribuídas pelo governo, o medo da reação vacinal, a dificuldade de acesso aos postos de vacinação, o nível de renda familiar e a escolaridade da população são os principais fatores que influenciam na cobertura vacinal.

Para melhorar essa situação, Morais defendeu mais investimento em campanhas de conscientização e informação de qualidade. Ele ainda ressaltou que a vacinação não só protege o indivíduo, mas toda a comunidade, e que é necessário combater as fake news a respeito das vacinas e divulgar as informações positivas sobre elas.

 

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