Paris receberá exposição fotográfica sobre campo nazista de Auschwitz

O fotógrafo provavelmente tirou a foto muito perto da entrada da câmara de extermínio.

Em outras fotos, “vemos mulheres cobrindo o nariz com um lenço”, um sinal do “cheiro da morte” no campo, acrescenta Bruttmann. Em outras, a ousadia dos prisioneiros é impressionante: eles colocam a língua para fora em direção à lente.

“Esse é o cerne da exposição: não apenas mostrar as imagens, mas também refletir sobre o que elas nos mostram”, explica o historiador, que está trabalhando em uma nova edição do “Álbum de Auschwitz”.

Sobre a construção e o trabalho diário de extermínio em Auschwitz-Birkenau, há “centenas de álbuns de fotos”, que costumavam acompanhar documentos oficiais, mas alguns ainda estão em mãos privadas, desconhecidos do público, explica ele.

“Auschwitz é uma cidade, em torno da qual há um tráfego ferroviário considerável. Você pode ver isso em algumas das fotos. Há uma estação na cidade e milhares de pessoas passam por lá todos os dias. Em outras palavras, o lugar não era desconhecido”, nem isolado, lembra ele.

Para o regime nacional-socialista, o campo era, antes de tudo, uma fonte de orgulho industrial, e um testemunho de sua eficiência tinha de ser deixado para trás, explicam os historiadores.

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