Vídeo- Pai de Neymar recebe voz de prisão por desacato a funcionário público no exercício da função

Pai de Neymar recebe voz de prisão por desacato a funcionário público no exercício da função ——

O pai de Neymar, Neymar da Silva Santos, foi detido durante uma operação de fiscalização na casa de Mangaratiba, de propriedade do jogador, devido a irregularidades ambientais na construção de um lago artificial. No entanto, após intervenção da assessoria, ele foi liberado, conforme comunicado emitido pela prefeitura.

A residência de Neymar em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, teve suas obras interditadas após denúncias de crime ambiental. Durante o incidente, Neymar da Silva Santos, empresário e pai do jogador Neymar Jr., foi inicialmente detido, mas posteriormente liberado, durante uma discussão acalorada com a secretária de Meio Ambiente de Mangaratiba, Shayenne Barreto.

Um vídeo mostra o ocorrido e o momento em que Neymar da Silva Santos recebeu voz de prisão. Ele questionou se poderia usar a casa mesmo após a autuação administrativa e o embargo da obra do lago artificial. Os fiscais informaram que ele poderia utilizar a residência, exceto a área em que a construção estava ocorrendo, a qual foi interditada devido à denúncia de desmatamento, remoção de rochas e desvio de um rio.

Neymar da Silva Santos ficou irritado com as respostas dos fiscais e elevou o tom de voz, o que levou à sua prisão por parte da secretária. No entanto, após intervenção de amigos do empresário e conversas entre as partes, Neymar da Silva Santos foi liberado, acompanhado por um policial.

De acordo com a Prefeitura de Mangaratiba, a voz de prisão foi baseada no artigo n° 331 do Código Penal, que classifica como crime o desacato a funcionário público no exercício de suas funções. No entanto, considerando o princípio da razoabilidade e um pedido da assessoria de Neymar Santos, ele foi liberado para cumprir um compromisso em São Paulo.

A fiscalização na casa de Neymar em Mangaratiba foi conduzida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Mangaratiba, em conjunto com a Polícia Militar Ambiental, a Polícia Civil e agentes do Grupamento de Proteção Ambiental do município. A ação foi desencadeada após denúncias baseadas em postagens de redes sociais que indicavam uma grande obra sendo realizada na propriedade do jogador sem autorização ambiental.

Foram constatadas diversas irregularidades, incluindo desvio de curso de água, captação de água de um rio sem autorização, terraplanagem, escavação, movimentação de pedras e rochas sem autorização, além da aplicação de areia de praia sem autorização ambiental. A construção do lago artificial, que estava ocorrendo sem licença, foi especialmente destacada. A prefeitura estima que a multa aplicada por essas infrações ambientais não será inferior a R$ 5 milhões.

A equipe da Secretaria de Meio Ambiente realizará uma avaliação das irregularidades constatadas e emitirá uma multa considerando o dano ambiental causado, cujo valor estimado é de R$ 5 milhões.