Cama de 200 mil anos revela detalhes do sono de nossos ancestrais

Pesquisadores da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, encontraram evidências de que os nossos antepassados já usavam cobertores e camas feitas de grama há 200 mil anos. A descoberta foi feita na Border Cave, caverna situada entre a Suazilândia e a África do Sul, e publicada nesta sexta-feira (14) na revista Science.

As camas, constituídas de gramíneas e folhas mais largas, foram encontradas na parte de trás da caverna em cima de camadas de cinzas, que protegiam as pessoas de insetos rastejantes durante o sono. Hoje o material já está fossilizado e, por isso, foi identificado graças à caracterização química.

Várias culturas usavam (e ainda usam) cinzas como estratégia contra insetos. No material encontrado, por exemplo, foram identificados restos de Tarchonanthus (arbusto de cânfora), planta ainda usada para deter insetos em partes rurais da África Oriental. Segundo os pesquisadores, os insetos têm dificuldade de se mover no pó fino porque ele bloqueia a respiração e o aparelho mordedor desses animais, eventualmente desidratando-os.

 

 

 

 

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