Clima tenso: Determinação de lockdown provoca protestos em Armação dos Búzios-RJ

Uma multidão está aglomerada desde a manhã desta quinta(17/12) diante do Fórum da cidade de Armação dos Búzios-RJ, para protestar contra a determinação de um novo lockdown na cidade. Com ânimos exaltados, comerciantes e trabalhadores de várias áreas proferiram palavras de ordem contra o juiz Raphael Baddini e a favor da manutenção abertura do comércio e do turismo na cidade.
Na última quarta-feira (16/12), o Tribunal de Justiça do Rio determinou que a prefeitura de Armação de Búzios deverá proceder fechamento das atividades na cidade, em função do
aumento expressivo no número de novos casos de Covid-19. A decisão judicial baseia-se num Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com a Defensoria Pública em junho deste ano, e que, de acordo com o texto, não teria sido cumprido até o momento.

Na determinação, o juiz Raphael Baddini de Queiroz Campos argumenta que Búzios encontra-se em bandeira vermelha, “com risco muito elevado de colapso da rede de saúde e necessidade de isolamento social completo” e declara estado de calamidade.

De acordo com Mardônio Gomes,empresário do ramo de Turismo em Búzios “A atitude do Juiz Badini em executar a ordem judicial sobre a quebra do TAC decretando lockdown imediato é insensata pra não dizer covarde. Ele acompanhou todo o processo de eleições, comícios, caminhadas, festas, aglomerações e nenhuma evolução estrutural no sistema de saúde pública da cidade. No entanto, empresários que acreditaram na recuperação do mercado, investiram em uma alta temporada já dada como perdida, abriram seus mapas de reservas futuras, empregaram pessoas, seguiram e seguem todos os protocolos exigidos pelas instituições reguladoras e a sociedade civil organizada, foram surpreendidos por uma medida unilateral sem consultar nenhum dos representantes citados no TAC em questão.”
“A notícia trouxe repercussão imediata e um alcance desproporcional na mídia nacional e internacional. Os prejuízos futuros são incalculáveis e a insegurança é generalizada.”-Finalizou.

Ainda de acordo com a determinação, os turistas que estiverem hospedados na cidade terão 72 horas para deixar o balneário e reservas deverão ser canceladas.

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