Neurocientista afirma que livre-arbítrio não existe

Neurocientista afirma que livre- arbítrio não existe

 

O neurocientista renomado, Robert Sapolsky, argumenta que o livre arbítrio é uma ilusão, desafiando a crença comum na sociedade.

Com décadas de estudo em babuínos selvagens, Sapolsky sustenta que as decisões humanas são resultantes de uma complexa interação entre causas biológicas e ambientais, desde o surgimento do neurônio até os fatores que moldam nossa espécie.

 

Em seu livro mais recente, “Determined: A Science of Life Without Free Will”, Sapolsky explora a inexistência do livre arbítrio, afirmando que em nenhuma parte da sequência infinita de causas há espaço para essa liberdade.

Ele destaca a falácia ao analisar como as pessoas percebem o livre arbítrio em decisões diárias, como a escolha da alimentação, e desafia a visão tradicional presente no sistema jurídico dos Estados Unidos.

 

Sapolsky destaca a influência de fatores biológicos, como genes e hormônios, e a importância do meio ambiente na formação das decisões humanas. Ele propõe o determinismo, onde cada comportamento gerado pelo cérebro é resultado de eventos precedentes em uma longa cadeia causal.

O neurocientista, desde a adolescência, adotou a visão de viver sem julgamentos, considerando que aceitar a ausência de livre arbítrio elimina a base para culpa e punição.

 

A perspectiva de Sapolsky não é unânime, recebendo críticas de outros acadêmicos que argumentam que a questão do livre arbítrio envolve dimensões metafísicas e morais, não sendo apenas uma questão científica. No entanto, Sapolsky desafia a necessidade de provar a inexistência do livre arbítrio, sugerindo que o ônus da prova recai sobre aqueles que insistem em sua existência.

 

Apesar da controvérsia, Sapolsky acredita que compreender a falta de controle sobre a biologia e o ambiente pode ser libertador e humano, desafiando a estrutura social construída em torno da autopercepção e julgamento.

Seus argumentos têm o potencial de redefinir conceitos fundamentais, incluindo justiça criminal, se aceitos em larga escala.

 

 

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