Nem o escândalo sobre as possíveis candidaturas laranjas no PSL Mineiro quando ele estava à frente do partido no estado foi capaz de provocar a queda de Álvaro Antônio do Ministério do Turismo. Mas uma declaração/desabafo num grupo de conversas ministeriais, durante a qual o agora ex-ministro revelou o “estelionato eleitoral” que representa o governo Bolsonaro, custou-lhe o cargo.
O alvo de Álvaro Antônio era Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, a quem acusou de promover articulações para influenciar a sucessão do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como por exemplo ofereceu a pasta do Turismo ao Centrão em troca de apoio ao candidato do Planalto.
Ao determinado trecho do textão, o agora ex-ministro escreveu :
“Ministro Ramos, o Sr entra na sala do PR comemorando algumas aprovações insignificantes no Congresso, mas não diz o ALTÍSSIMO PREÇO que tem custado, conheço de parlamento, o nosso governo paga um preço de aprovações de matérias NUNCA VISTO ANTES NA HISTÓRIA, e ainda assim (na minha avaliação), não temos uma base sólida no Congresso Nacional, (tanto que o Sr pede minha cabeça pra tentar resolver as eleições do parlamento, ironia, pede minha cabeça pra suprir sua própria deficiência)….”
O trecho confirma que o governo Bolsonaro faz uso das práticas que o presidente tanto criticou durante a campanha, como o chamado “Toma lá, da cá” entre o Executivo e o Legislativo.
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