As dificuldades de um líder no mundo de hoje

Numa sociedade em que a constante mudança afeta o ambiente organizacional, merece reflexão o fato de
haver diferentes gerações atuando com diferentes expectativas, o que por si só dificulta o trabalho de um líder. No momento são quatro: baby bommers, X, Y e Z.

Com o aumento da expectativa de vida e no que se refere à aposentadoria, onde as pessoas se aposentam, mas continuam trabalhando, faz com que empresas tenham em sua organização, até três gerações
trabalhando juntas. Banov (2011) lista as seguintes gerações:
– Geração Baby Bommers, nascidos entre 1945 e 1960, caracterizadas pela geração pós-Segunda Guerra, considerada uma geração bem educada, que tem respeito e valoriza a família, a seriedade no trabalho, para esta geração liderar significa controlar.
– Geração X, nascidos entre 1960 e 1979, considerada uma geração rebelde, que tem medo de perder o emprego, são pragmáticos e dedicados e vestem a camisa da empresa se for preciso. Para esta geração gerenciar significa comandar.
– Geração Y, nascidos após o ano de 1980, geração que merece um destaque especial, pois são jovens que estão ingressando agora no mercado de trabalho.

E a Geração Z? Geração Z é a definição sociológica para pessoas nascidas entre 1995 a 2010. Nesse contexto, significa que os nascidos entre 1995 a 1997 desse grupo estão saindo da faculdade, e suas experiências de vida têm grande influência no tipo de trabalho que procuram e que consideram importante.

Esta diversidade de comportamentos e percepções presentes em cada geração pode contribuir para a identificação de distintas oportunidades de melhoria, inovações ou mesmo para solução de problemas e alcance de objetivos. No entanto, por outro lado, essa mesma diversidade poderá motivar (e tem gerado) conflitos negativos que afetam o clima e produtividade organizacional. Isso ocorre pelo fato de que cada geração em seu contexto apresenta características e formas diferentes de se relacionar com as pessoas, com os fatos e com os desafios que ocorrem no dia a dia.

Com isso, os gestores (sejam educacionais ou não) devem buscar diretrizes que favoreçam a compreensão dessas diferenças para que mudanças possam ser promovidas, buscando sempre aproveitar o que cada geração tem de melhor para oferecer. O líder deverá acompanhar as mudanças e tendências comportamentais dos liderados e então, buscar definir diretrizes para minimizar os impactos dessas dificuldades no desempenho organizacional.

Conforme Lacombe (2011) há quatro responsabilidades básicas dos líderes:
1 – O líder deve ter desenvolvido uma imagem mental de um estado futuro possível e desejável da organização.
2 – O líder deve comunicar a nova visão.
3 – O líder precisa criar confiança por meio do posicionamento.
4 – Líderes são aprendizes perpétuos.

Hoje em dia não se busca mais uma simples obediência. Se a organização quer um diferencial, é necessário que o líder se envolva na busca deste propósito. Para isso, segundo Tejon (2006), ele precisa conversar, confrontar, pedir desculpas, elogiar, agradecer e pedir ajuda.

Ponder (2010) lista as seguintes habilidades de relacionamento da liderança: comunicação, trabalho em equipe, motivação, diversidade, resolução de conflito e treinamento.

O que vemos hoje, com tantos (pretensos) adultos sendo incapazes de lidar, por exemplo, com a frustração, a perda e a possibilidade de errar, demonstra que algo não aconteceu, ou aconteceu errado, em sua formação. Mesmo considerando a possibilidade de psicopatias surgirem somente depois, e independentes da formação escolar/acadêmica.

E a dúvida que fica é se a reunião dessas gerações colabora para a formação de futuros adultos com a consciência social e um senso crítico bem formado… O que vemos muitas vezes é um líder ineficiente; que está dominado pelo seu ego; que gostam de estar à frente dos liderados e não ao lado; e, concorde outrem, não sabendo lidar com as diferentes gerações, incluindo-se falta de respeito e até mesmo assédio.

Bola ou Búlica: Professor Vinicius Fernandes estreia sua coluna semanal no JPA
Vinicius Fernandes Batista é professor, tradutor e revisor. Um carioca que não gosta do Rio de Janeiro, mas adora a trinca de V: verdade, vinho e viagem

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