Governo Zezinho. 1 mês do novo governo que já nasceu velho

—Por Rogério Carvalho*—-

 

Você pode se perguntar como alguém pode acreditar num governo nascido da aliança que traz Jeferson Vidal, Aquiles Barreto, Miguel Alencar (Aqueles da Câmara e do governo Adriano) Jânio Mendes (Base do Governo Cabral) e Mirinho Braga (ex-prefeito todo enrolado de Búzios). Mas o fato é que tem gente que acreditou.

Ao completar um mês, o governo do pedetista José Bonifácio, eleito com o “voto útil” de tanta gente boa para evitar que o bolsonarista Dr. Serginho assumisse a prefeitura, já mostra a que veio ou a que não veio e nos leva a pensar se haveria alguma diferença entre ele e o seu mais forte oponente. Afinal, desvalorização do funcionalismo, apadrinhamento dos miguxos, intransigência e autoritarismo, nos remete logo ao bolsonarismo, essa aberração que para além de um movimento politico já virou termo de classificação comportamental.

Nesse curto espaço de tempo, José Bonifácio, além de confirmar as expectativas de quem estava desperto, conseguiu decepcionar até os seus mais iludidos eleitores. O governo do pedetista mal começou e já é aquele tipo de governo que só quem defende é quem trabalha nele ou parente de quem trabalha.

Nem o esforço sensacionalista da comunicação municipal tem sido suficiente para maquiar a mediocridade e a previsibilidade do novo governo nascido velho.

Antes mesmo de completar 1 mês, o governo já mostrou que tem dono, ao seder às pressões do empresariado e por decreto abolir a exigência de exames dos turistas abrindo a cidade irrestritamente ao covid. Já no comecinho, Zezinho “o intolerante” já mostrou os dentes ao funcionalismo, que chega ao mês de fevereiro sem o salário de dezembro, sem dignidade e sem esperança.

Porém, nem tudo é ruim. As empreiteiras estão trabalhando bastante, enchendo os olhos do povo, o choque de ordem acontece em vários locais, tudo isso muito bem registrado e compartilhado nas redes sociais. Mas talvez a mais importante ação da prefeitura pedetista de Zezinho, seja o plantio de árvores. Elas serão muito úteis aos servidores, que pelo que tudo indica, passarão muito tempo nas ruas.

 

 

 

Rogério Carvalho é Professor de História

 

 

 

 

 

(As opiniões desta coluna não refletem necessariamente a posição deste jornal).

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