Home Offce é uma tendência?

—-Home Offce é uma tendência?—-

 

Desde o começo da pandemia do novo coronavírus muitas mudanças aconteceram no modo de viver da sociedade. Em pouco tempo, o impacto na nossa vida pessoal, profissional e social foi grande, introduzindo ou acelerando profundas transformações.

 

Várias dessas modificações deverão sobreviver ao vírus e moldar o nosso futuro, sendo uma delas a incorporação do home office (ter uma estrutura de trabalho no ambiente doméstico para realizar as atividades profissionais), termo em inglês que a língua espanhola prefere usar traduzido para “teletrabajo” (teletrabalho).

 

Possivelmente o home office seja a mudança que entrou para valer na vida dos profissionais e das empresas, após muita desconfiança e resistência em relação a isso no começo da pandemia, já que a sua adoção se deu repentinamente, em função das medidas de isolamento social.

 

Impulsionado pelo uso intensivo da tecnologia, mesmo com vários problemas de conexão à internet existentes em todas as operadoras e em todo o país, o home office mostrou sua eficácia e, segundo pesquisas realizadas sobre o tema, ao menos um terço das empresas pretende manter o trabalho remoto, mesmo após a vacinação em massa, e ao mesmo tempo a maioria dos trabalhadores deseja continuar dessa forma.

 

Se para as empresas, o home office signifca diminuir custos com energia, comunicações, segurança, transporte e viagens, para o trabalhador envolve maior qualidade de vida, já que não há mais a necessidade de se locomover até o local de trabalho (cujo ambiente nem sempre é agradável), não é preciso se estressar com o transporte público ou com o trânsito, e com esse tempo economizado sobram minutos (ou horas) para cuidar de si mesmo.

 

Trabalhadores apontaram, na pesquisa citada acima, os cinco principais benefícios do home office: poder trabalhar em casa, um ambiente mais confortável; melhor gestão do tempo; maior nível de produtividade; poder trabalhar sem deixar de estar perto da família; maior capacidade de concentração.

 

No entanto, quando esta realidade é trazida para o ambiente escolar, tudo muda de figura. O Ensino à Distância já é uma realidade faz tempo, porém há muita diferença em relação às chamadas aulas remotas. O ensino personalizado e flexível, as aulas gravadas e a presença do tutor, por exemplo, não existem quando a aula se torna remota, já que as instituições de ensino seguiram seus calendários e quadro de horários existentes no modelo presencial.

 

De casa, o corpo discente, que muitas vezes não tem acesso à internet ou não tem uma conexão de qualidade (o professorado às vezes também), passa a ter aulas online em tempo real e a interação com os professores, além daquele momento, se dá apenas através de ferramentas digitais. Além disso, os alunos precisam ficar sentados durante muito tempo em cadeiras nem sempre confortáveis, não ligam suas câmeras (ou nem tem) e precisam criar uma autonomia para desenvolverem novas competências e habilidades. Com isso há um clamor popular que a pandemia prejudicou demais o aprendizado dos estudantes, comprovada com o levantamento encomendado pelo Itaú Social, Fundação Lemann e Imaginable Futures:

Indicação:

 

Bola ou Búlica: Professor Vinicius Fernandes estreia sua coluna semanal no JPA

* Vinicius Fernandes Batista é professor, tradutor e revisor. Um carioca que não gosta do Rio de Janeiro, mas adora a trinca de V: verdade, vinho e viagem.


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