Notificada, Google retira link para texto contra PL das Fake News

Notificada, Google retira link para texto contra PL das Fake News —-

A Google retirou de sua página inicial o link que remetia para um artigo crítico sobre o Projeto de Lei (PL) 2630, conhecido como PL das Fake News.

 

A empresa recebeu notificação da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) para cumprir medidas cautelares que visam evitar a censura do debate público sobre o projeto, e que incluem a obrigação de sinalizar o conteúdo publicitário e outros conteúdos contrários à aprovação do PL, e a veiculação de posições favoráveis ao projeto em até duas horas após a notificação.

 

A Google ainda será multada em R$ 1 milhão por hora se descumprir as determinações da Senacon.

 

Em seu blog, o diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas da Google no Brasil, Marcelo Lacerda, sustenta que o texto do PL precisa ser melhorado e incentiva os internautas a enviarem uma mensagem aos parlamentares pedindo que “melhorem o texto do PL”.

Em nota, a Google classificou como “falsas” as alegações de que agiria de forma a ampliar o alcance de páginas com conteúdos contrários ao Projeto de Lei 2630, em detrimento das que veiculam informações favoráveis à regulação das plataformas digitais.

 

“Cada vez que uma pessoa faz uma busca, nossos sistemas trabalham para mostrar para ela os resultados mais relevantes entre milhares, às vezes milhões, de páginas de web. Não alteramos manualmente as listas de resultados para determinar a posição de uma página específica em nenhuma hipótese”, garantiu a empresa, reiterando que o debate sobre mudanças legislativas que impactem a vida de milhões de brasileiros e empresas precisa envolver toda a sociedade.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que a Senacon encontrou indícios de que a Google e outras grandes empresas de tecnologia estão tentando manipular o debate público para defender seus próprios interesses econômicos.

 

Leia também Brasil e Portugal assinam acordos na área de Direitos Humanos

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*