Profissões extintas: eu vivi essa época.

Por Francisco Mattos

Francisco Carlos de Mattos*


É como descer uma ladeira de bike, sentindo a brisa no rosto. Assim é o tempo e dessa forma, também, os anos de vida do ser humano.
E com o tempo pode-se ver muita coisa que tenha acontecido nessa oportunidade de vida.

O barulho da buzina (aquela que Chacrinha popularizou)pela manhã ou no final da tarde, anunciava que o padeiro despontava no início da rua, trazendo naquele grande cesto, variados tipos de pães.

Pela manhã, bem cedo, abria-se a porta e lá estava o litro de leite (de vidro) com o produto fresquíssimo, distribuído pelo leiteiro. Esse não vinha de bike, mas de charrete. Na traseira desta, dois ou três galões de aço com uma torneirinha de onde o leiteiro enchia as garrafas.

Também de bicicleta, pela manhã, o jornaleiro passava de casa em casa (dos que eram assinantes) e jogava o “rolinho” de jornal dentro de saco plástico nos quintais.

Já um barulho estridente anunciava que o amolador de facas e tesouras chegava no bairro.

Naquele tempo esse texto estaria sendo produzido numa bela e desejada REMINGTON ou OLIVETTI. Os cursos de DATILOGRAFIA faziam sucesso.

Pode-se afirmar, que há uns cinquenta anos, foi o auge desses momentos inesquecíveis, maravilhosos.

Agora é o momento de se falar sobre o PROFESSOR.
Bem, este profissional resistiu durante muito mais tempo que os profissionais citados anteriormente.

De qualquer maneira, precisa-se de mais um tempinho, para que as pessoas percebam a sua importância e comecem a falar sobre ele com uma certa dose de saudades.

Não vai demorar muito!

*Francisco Mattos é Orientador Educacional da Prefeitura de Cabo Frio, Mestre em Educação pela UERJ, antifascista e filiado ao PSOL.

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