Taxonomia de Bloom

É evidente que após tudo o que aconteceu (ou não aconteceu) em 2020 e 2021, o retorno 100% presencial às aulas traria desafios e dificuldades a todos no ambiente escolar.
No entanto, mesmo com diversas teorias para auxiliar as práticas pedagógicas, cada uma com objetivos específicos ao processo de ensino e aprendizagem, infelizmente a Taxonomia de Bloom raramente é usada.

Muito utilizada mundo afora para definir objetivos e auxiliar os professores no planejamento e aprimoramento do processo educacional, ela considera os aspectos cognitivos, emocionais e psicomotores da aprendizagem, bem como sua influência sobre o processo educacional.
Seu nome é em função do seu criador, Benjamin Bloom (1913–1999), psicólogo e pedagogo norte-americano que desenvolveu diversas pesquisas ao longo de sua vida profissional. Ele entendia que a educação vai além do âmbito acadêmico, pois deve servir ao propósito de extrair todo o potencial humano, sem ver o alunado como um conjunto de meros estudantes.

Para identificar com alcançar a aprendizagem, Bloom estabeleceu níveis hierárquicos e a sua taxonomia propõe três objetivos principais, classificados a partir dos domínios cognitivo, afetivo e psicomotor, cada um com habilidades específicas, permitindo identificar o nível de desempenho de cada estudante, com base na classificação dos objetivos educacionais, do mais simples ao mais complexo.

No domínio cognitivo, que envolve a capacidade de o estudante dar sentido às informações que recebem durante as aulas e a maneira de utilizá-las na vida prática, são seis os níveis hierarquicamente definidos: conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação.

O domínio afetivo refere-se às emoções, aos sentimentos e aos comportamentos desenvolvidos a partir do processo de ensino e aprendizagem, e são cinco os níveis: recepção, resposta, avaliação, organização e caracterização.
No domínio psicomotor, as habilidades físicas auxiliam na aquisição de novos conhecimentos, a partir dos movimentos do corpo, da manipulação de objetos e dos sentidos corporais. Os níveis hierárquicos são: percepção, predisposição, resposta guiada, resposta mecânica e resposta completa e clara.
Assim, ao colocar em prática a Taxonomia de Bloom, o professor deve ter em mente em três perguntas a serem respondidas: O quê? Como? Para quê?

Criada em 1956, ela foi revisada em 2001 por um grupo de psicólogos cognitivos, teoristas e pesquisadores da educação. Com o intuito de uma classificação mais dinâmica, houve mudanças em terminologias importantes. As seis categorias principais de Bloom foram alteradas de substantivos para verbos, conforme apresentado na imagem abaixo.

 

 

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